Fim da escala 6×1

Fim da escala 6×1: Nikolas Ferreira chama PEC de ‘populista’ e ‘terrivelmente elaborada’

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se posicionou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a jornada de trabalho 6×1, classificando o texto como “terrivelmente elaborado”. A PEC, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), propõe a redução da carga horária semanal de 44 para 36 horas, com um máximo de quatro dias de trabalho por semana.

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Em vídeo publicado em rede social nesta segunda-feira, 11, Nikolas Ferreira argumentou que a PEC é uma medida populista que pode gerar inflação e aumentar os custos para empresas, especialmente em setores como supermercados e hospitais. Segundo ele, os mais pobres acabariam sendo prejudicados, com demissões e redução dos salários.

O parlamentar também criticou o texto da proposta, afirmando que ela apresenta uma “conta errada”, uma vez que a jornada de oito horas diárias em quatro dias por semana somaria 32 horas, e não 36.

Em resposta aos críticos, que acusam o deputado de se beneficiar de uma escala reduzida e um salário alto, ele afirmou não ser responsável pela discrepância. “Também fico puto com a diferença do salário de um deputado, de um senador, para um trabalhador, mas concorda que eu não tenho culpa do salário de um deputado?”, disse.

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Nas redes sociais, Nikolas Ferreira tem enfrentado uma enxurrada de críticas por ter se posicionado contra a PEC. Usuários que se identificam como seus apoiadores expressaram decepção e frustração, questionando a coerência do deputado, que recebe um salário elevado e tem folgas frequentes. Nos últimos dias, o nome de Nikolas Ferreira vem aparecendo entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter), refletindo a insatisfação popular.

Em nota, sem citar o nome de Nikolas, Erika rebateu as críticas do deputado ao texto. “A questão agora é quem quer debater e quem quer fugir do debate”, afirmou. “Quem tem coragem de debater assina.”

Proposta ganha força

A PEC, que precisa de 171 assinaturas para começar a tramitar no Congresso, já contava com cerca de 153 apoios até o início da tarde desta terça-feira, 12.

A proposta visa abolir a escala de seis dias de trabalho seguidos com apenas um dia de folga e se baseia no argumento de que trabalhadores com melhor qualidade de vida e saúde mental são mais produtivos. O projeto também reduziria de 44h para 36h por semana o limite de horas trabalhadas e o número máximo de dias trabalhados por semana passaria a ser quatro.

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