Devocional: O Cordeiro e a Ilusão da Babilônia (Apocalipse 17)
Leitura Bíblica Central: Apocalipse 17:14 “Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.”
Ao abrirmos Apocalipse 17, somos confrontados com uma visão chocante. O apóstolo João é levado ao deserto para ver o julgamento da “grande meretriz”. Ela é descrita de forma vívida: vestida de púrpura e escarlate, adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas. Ela segura um cálice de ouro que, por fora parece valioso, mas por dentro está cheio de abominações. Em sua testa, um nome misterioso: “A Grande Babilônia”.
Esta figura não é apenas uma cidade antiga; ela representa o sistema mundial sedutor que tem operado ao longo da história humana. É o sistema que diz que a felicidade está no acúmulo de riquezas, que o poder justifica os meios, que o prazer momentâneo vale mais que a alma eterna. A “Babilônia” é tudo aquilo que se levanta com orgulho contra Deus, tentando seduzir a humanidade com seu brilho superficial.
É fácil olhar para o mundo hoje e sentir o peso dessa sedução. O sistema parece poderoso, rico e invencível. A visão de João nos mostra que esse sistema também é hostil à fé verdadeira; a mulher está “embriagada com o sangue dos santos” (v.6). O mundo que nos convida a pecar é o mesmo que persegue a verdade de Cristo.
Às vezes, como cristãos, podemos nos sentir pequenos diante dessa máquina cultural e espiritual. Parece que o mal está sempre em vantagem, montado na besta do poder político e militar.
Mas o capítulo 17 não foi escrito para nos assustar, mas para nos dar a perspectiva do Céu sobre a realidade da Terra. O anjo revela a João que toda essa pompa e poder da Babilônia é uma ilusão temporária que caminha para a autodestruição (v. 16).
E então, no versículo 14, temos o ponto de virada glorioso, o farol de esperança em meio à escuridão:
“Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá…”
Este é o paradoxo do Evangelho. O sistema mundial, com todas as suas armas, exércitos e riquezas, declara guerra… a um Cordeiro. Parece uma luta injusta. Mas este Cordeiro é Jesus Cristo. Aquele que foi manso e humilde para a cruz é também o Leão da tribo de Judá. Ele vence não porque usa as mesmas armas de violência da Babilônia, mas porque Ele é, em Sua essência, “o Senhor dos senhores e o Rei dos reis”.
A vitória de Cristo sobre o sistema do mal é certa. A Babilônia cairá, com todo o seu ouro e sua arrogância. Mas o Cordeiro permanecerá de pé.
E a promessa final é para nós. A vitória do Cordeiro é compartilhada com aqueles que estão com Ele: os “chamados, eleitos e fiéis”. Não vencemos pela nossa força, mas por estarmos do lado certo da história.
Hoje, não se deixe impressionar pelo brilho falso da Babilônia. Não troque sua herança eterna pelas bijuterias passageiras que o mundo oferece. Lembre-se de que o sistema que parece tão dominante já tem sua sentença decretada. Permaneça fiel ao Cordeiro, pois a vitória final já é dEle.
Resumo
Apocalipse 17 apresenta uma visão simbólica da “Grande Babilônia”, representando o sistema mundial sedutor, rico e poderoso que se opõe a Deus e persegue os cristãos. Embora esse sistema pareça impressionante e invencível, sua glória é uma ilusão passageira destinada ao julgamento. O ponto central da mensagem cristã neste capítulo é a certeza de que, embora as forças do mal guerreiem contra Cristo, “o Cordeiro os vencerá” porque Ele é o Rei dos reis. A vitória final pertence a Jesus e àqueles que permanecem fiéis a Ele, encorajando os crentes a não se deixarem seduzir pelo mundo, mas a confiarem no triunfo final do Cordeiro.
Oração: Senhor Jesus, Cordeiro de Deus e Rei dos Reis. Em um mundo cheio de seduções e brilhos falsos, ajuda-me a ter discernimento para ver a realidade espiritual das coisas. Não me deixes ser enganado pelo sistema da Babilônia que se opõe a Ti. Obrigado porque a Tua vitória é certa e porque, através da fé, eu faço parte do Teu exército de chamados e fiéis. Fortalece-me para permanecer ao Teu lado até o fim. Amém.
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