A Autoridade Palestina (AP), que administra partes da Cisjordânia, saudou formalmente os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para buscar um fim para a guerra em Gaza, após ele anunciar um plano de paz de 20 pontos.
O Posicionamento da Autoridade Palestina (AP)
A reação da Autoridade Palestina (AP) foi de acolhimento aos esforços de paz, embora com ressalvas, ligando a aceitação do acordo a uma solução de longo prazo para o conflito.
- Saudação aos Esforços: A agência de notícias palestina Wafa informou que a AP saudou os esforços “sinceros e determinados” de Trump para acabar com a guerra em Gaza.
- Compromisso com Dois Estados: A Autoridade Palestina reiterou seu compromisso de trabalhar com os EUA e parceiros para chegar a um acordo abrangente que inclua “abrir caminho para uma paz justa com base na solução de dois Estados“.
Pontos Chave do Plano Trump e o Contexto
O plano de 20 pontos de Trump foi divulgado após uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, e visa o fim imediato dos combates e um mecanismo de governança pós-guerra.
1. Reações Variadas dos Palestinos
Embora a liderança oficial da AP (que é rival do Hamas) tenha saudado os esforços, a proposta gerou reações mistas e céticas dentro do território palestino:
- Hamas: O grupo Hamas, que controla Gaza, afirmou que está analisando o plano, mas uma fonte próxima ao grupo adiantou à Reuters que a proposta é vista como “totalmente parcial em favor de Israel” e que impõe “condições impossíveis” com o objetivo de eliminar o Hamas.
- Palestinos em Gaza: Muitos palestinos deslocados na Faixa de Gaza expressaram decepção, afirmando que o plano atende apenas aos interesses dos EUA e de Israel.
2. O Papel da AP na Governança de Gaza
Um dos pontos mais sensíveis da proposta é o futuro da Faixa de Gaza. O plano prevê que a Faixa de Gaza seja administrada por um Conselho da Paz (presidido por Trump e incluindo figuras como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair) até que a Autoridade Palestina conclua um “programa de reformas” e possa retomar de forma segura o controle do território.
Israel tem se oposto publicamente a um papel imediato da AP em Gaza, a quem considera corrupta, enquanto a proposta de Trump condiciona o envolvimento da AP à reforma interna.
3. Apoio Árabe e Ocidental
O plano de Trump foi aplaudido por vários países árabes e muçulmanos (incluindo Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos) e por líderes europeus, que expressaram satisfação com os esforços do presidente americano para acabar com o conflito.
O foco agora está na resposta oficial do Hamas, que pode levar alguns dias para ser formulada.